Nesta segunda, saimos com destino ao Pacaembu para provar pastéis-de-feira. Antes de sair, Teresa alertou-nos para não “passar a chuva embaixo de árvore”, devido aos raios. Já no novo prédio de Teresa, que usamos para cortar caminho, ficamos presos no elevador, que fechou a porta e não desceu. Sacudi a porta, bati na mesma, apertei o botão do alarme e nada (não adiantava usar o interfone, porque não sabíamos nem em qual bloco estávamos). Após uns 2 ou 3 minutos, do nada, o elevador se moveu normalmente, como se nada houvesse acontecido. Foi só pra testar a síndrome-do-pânico de Martha. Pegamos o primeiro ônibus e tudo normal. Deveríamos saltar na Av. Paulista, altura da R. Padre João Manoel (Conjunto Nacional) e atravessar para pegar um outro com destino a Morro Grande (sou paulista, vivi e transitei aqui até meus 14 anos, voltei várias vezes, mas nunca ouvi falar desse lugar). Saltamos do 1º ônibus, atravessamos e encontramos um ponto para esperar o tal Morro Grande. Comecei a pensar: “Morro grande, não morro pequeno, não serei eletrocutado por raio hoje, não serei encolhido, recebi um aviso... MORRO GRANDE”. Esperamos por mais ou menos 15 a 20 min. sob chuva intensa, protegidos por uma pequena cobertura do abrigo. Comecei a planejar pegar um táxi, pois dali ao Pacaembu era muito perto, no máximo R$10,00 e, além disso, não teríamos um percurso a pé (chovendo) de 532 km., previsto no itinerário da SPTRANS, pesquisado na internet antes de sairmos. Cheguei a falar com Martha, quando apareceu um ônibus verde-claro com a bandeira MORRO GRANDE. Demos sinal com a mão, mas o mesmo não parou. Deduzi que ele não parava naquele ponto, pois devia ter parado em outro que existia pouco antes (atrás da banca de revistas que empatava nossa visão, e só agora eu tomava conhecimento da existência do ponto). Após vociferarmos algumas “porras”, molhados, dei a mão para um táxi. Quase digo: “siga aquele ônibus”, mas lembrei que se fizéssemos isso, iríamos andar a pé mais de meio quilômetro. Disse ao motorista que queria ir à praça em frente ao Estádio do Pacaembu, quando um relâmpago fez de São Paulo a cidade mais clara do mundo e, ato contínuo, o trovão (que trovão!) e o motorista disse baixinho: “- pior é que eu não gosto muito de relâmpago”. Voltei a pensar: “- o Morro Grande não parou pra mim, será que vou morrer encolhido (pequeno)?” Após algumas esquinas à esquerda e à direita, avistamos a Praça Charles Miller. Vazia e debaixo d’água. Havia, aglomerados em um canto, 3 kombis, 2 caminhões-baú e uma grande tenda plástica, cercada de biombos de aço (desses usados para isolamento). Mandei o táxi parar ao lado dessa tenda (deu R$10,00) e saltamos correndo para debaixo da mesma. Pelo enorme tamanho da praça, estava VAZIA, visto que apenas um dos caminhões ainda estava sendo carregado com os restos da última barraca de pastel ainda em pé; os outros veículos estavam já prontos para partir. E partiram em seguida. Havia muito lixo na praça: no centro, alguns sacos pretos cheios de palha de cana e, espalhados por uma grande área, canudos, copos e saquinhos de pastel. Nos informamos sobre os dias de feira naquele local e corremos para o outro lado da praça, onde avistamos um ponto de ônibus. Esperamos o Vila “Ida” para iniciarmos nossa volta. Chovia ainda muito e havia um bueiro no meio da avenida que dançava sobre um mundaréu de água que subia, querendo expulsá-lo. Os carros passavam e jogavam água em tudo. Olhei pra cima: havia um abriguinho igual ao da Av. Paulista e... árvores, muitas e frondosas árvores. Comecei a pensar tudo de novo. A demora foi pouca, uns 15 min., quando o ônibus chegou. Cheio. Havia um lugar, que Martha ocupou. E fomos procurando no percurso a Rua Cardeal Arcoverde. Demorou mais um pouco e a alcançamos, após uma enorme e íngreme subida e uma curva fechada à direita. Teríamos que saltar na altura do nº 1322 e tomar, no mesmo ponto, outro com destino ao Jardim Helga, que nos deixaria no nosso ponto à Av. Francisco Morato. O ponto à altura do nº 1322 era à porta do Cemitério São Paulo. Saltamos, esperamos mais um pouco e tomamos um Jardim Helga lotado, onde viajamos em pé até nosso destino e chegamos sãos e salvos. Sim, claro. Quando o elevador nos deixou presos, logo em seguida funcionou (o pânico nem chegou de verdade). Quando saltamos na chuva da Paulista, logo atingimos o abrigo do ponto. Quando o Morro Grande nos deixou no ponto, imediatamente passou um táxi livre. Quando chegamos à praça dos pastéis, havia uma enorme tenda (montada pela Prefeitura, organizadora do concurso e já desativada), que nos abrigou da chuva. E o melhor: não caiu nenhum raio em cima de nós. Não é muita sorte?
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terça-feira, 27 de outubro de 2009
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