Que delícia dirigir com chuva em Salvador. Apesar dos cuidados redobrados que os motoristas devem tomar, senti-me como se estivesse dirigindo um bonde (que não precisa nem de volante) em uma pequena cidade do interior, tamanha a facilidade de transitar e a tranquilidade que me arrebatou hoje pela manhã, quando me dirigia ao trabalho.
De repente, me dei conta do que estava ocorrendo: não havia nenhuma motocicleta transitando. É que elas não podem sentir uma gota d’água vindo de cima que se apressam a se esconder sob viadutos, passarelas, pontos de ônibus, etc. , como se corressem todas pra debaixo das saias de suas avós (que devem ser aquelas enormes Indian e Harley Davidson).
De uns tempos pra cá, estão sendo jogadas nas nossas ruas motocicletinhas (e pseudo-motociclistas) aos milhares, a trafegar sem orientação alguma por parte das autoridades e muito menos por parte de seus condutores. Elas (eles) andam de uma forma tão... tão...inclassificável, até por suas próprias características: experimente dar umas três quedas-de-asas daquelas com seu Corsa Classic de praça, ou levantar a perna de dentro do seu Vectra para espatifar com a sola do sapato os retrovisores dos carros ao seu lado, ou ainda empinar o seu Honda Civic, levantando as rodas dianteiras. De “motinha”, dá! Dá até pra acelerar diante do flash dos “pardais”, muito acima da velocidade permitida, bastando, para não ser multado, dar uma esticadinha no braço esquerdo (o direito está acelerando) e simplesmente tapar a pequena placa da moto com a mão.
Na Avenida Paralela, por exemplo, para passar de uma faixa para outra das quatro que existem, você tem que olhar simultaneamente, com apenas dois olhos, para os três retrovisores do seu carro (se isso fosse possível), porque se você olhar primeiro para o esquerdo, depois para o direito, passando de soslaio pelo interno-central e não vir nenhuma moto vindo de trás, prefira sair imediatamente para a direita, que foi o último espelho que olhou, porque se sair para a esquerda, está arriscado a empatar a passagem de uma moto, se não bater nela ou ela em você, porque elas se utilizam do estreito corredor que fica entre uma fila e outra de carros para ultrapassá-los a todos de uma vez, em alta velocidade.
Que soluções teríamos para resolver esse problema? Não sei. Aceito sugestões. Talvez implementar rapidamente um revolucionário, eficaz, confortável e ligeiro transporte de massa em nossa Capital. Ou então poderiam contratar uma daquelas empresas israelenses para bombardear nossas nuvens e manter nossa cidade em chuva constante: assim, com todo o perigo das pistas molhadas, estaríamos muito mais seguros que no seco, circundados pelas motos.
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sábado, 3 de outubro de 2009
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2 comentários:
Rebatan, muito oportuna e bem escrita... com molho... aqui em Angola é pior que na Bahia. As motos - e são milhares, principalmente umas mini-lambretas - não precisam cumprir o Código de Estrada. Não precisam parar nos sinais, nem andar na mão, nada... Também, aqui, no Inverno passa-se 7 meses sem chuva...
Galera, parece que estava prevendo. Hoje, 5 dias após o post acima, presenciei de camarote um acidente que não foi grave por milagre. Pra variar, na Av. Paralela (altura do CAB), na direção Aeroporto > Rodoviária, às 07:40h da manhã. O trânsito totalmente parado, meu carro na faixa da esquerda, ao lado do canteiro central, atrás de um Celta prata plotado com Nestlé. Quando parecia que os veículos iriam começar a andar, percebi uma Tucson, também prata, na faixa à minha direita, um pouco mais à frente, com pisca-pisca ligado e com as rodas dianteiras estersadas para a esquerda (tudo parado ainda), indicando que seu motorista tinha a intenção de passar para a faixa em que eu estava. Quando o Celta avançou, lentamente, aguardei um pouco para que o Tucson entrasse à minha frente. Tentou entrar, porque no corredor entre nossos carros surgiu uma motocicleta em velocidade, pilotada por um idiota e com um completo-imbecil atrás. Foi motoqueiro pra tudo que é lado. Estava em tão alta velocidade que amassou o paralama dianteiro esquerdo, arrancou o farol do mesmo lado e o pára-choque dianteiro do Tucson. Não contente, atingiu roda traseira direita do Celta, furando-lhe o pneu, arranhou sua lateral e a porta direitos e ainda arrancou-lhe o pára-choque dianteiro. A moto e o que havia sobre ela se esborracharam pela avenida, felizmente, como já disse, sem gravidade. Claro, estacionei meu carro e fui oferecer meus préstimos às vítimas.
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