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terça-feira, 27 de setembro de 2011

IOZINHO

Atendendo a inúmeros pedidos, decidi que, a partir de hoje, publicarei os "causos" de Iozinho, meu avô materno, um dos homens mais rápidos de raciocínio que conheci e de uma presença de espírito fantástica, que foi alvo de minha primeira incursão ao mundo literário, porque sempre disse a ele: "seus causos dão um livro". Deu um livrinho, mas muito espirituoso e engraçado.


ENTÃO VAI O PRIMEIRO "CAUSO", QUE DEU ORIGEM À CAPA DO LIVRO:

Lá pelos anos 40, no bairro de Itapajipe, Salvador, Bahia, na Rua Lélis Piedade, onde moravam meus avós maternos, numa casa igual a muitas da época, como esta da capa do livro, com duas janelas que davam para uma sala e uma porta finalizando um corredor, que levava aos demais cômodos, geralmente, pela ordem, os quartos, o banheiro e terminando na sala de jantar. A cozinha, geralmente, era retirada em uma varanda ou quintal nos fundos da casa, devido ao fogão a lenha, etc. A vida da casa se passava,  praticamente, na sala de jantar e na cozinha, sendo a sala de visitas, junto à rua, poupada e, muitas vezes até trancada no dia-a-dia.

Muito bem. Um belo dia, meu avô (vou chamá-lo de Iozinho: "sinhozinho - nhozinho - iozinho") saiu para ir ao centro da cidade e ele deveria tomar um bonde no ponto que ficava um pouco distante de casa. Foi quando minha avó lembrou que poderia ter pedido para que Raimundo (ela nunca o chamou de Iozinho) trouxesse pão da cidade. – Magaly, minha filha (era meninota, minha tia caçula), veja se alcança seu pai e peça para ele comprar o pão. A menina, talvez com preguiça, correu pelo corredor e, em vez de sair atrás do pai, optou por gritar-lhe da janela da sala de visitas. Enfrentou o obstáculo da porta da sala, depois teve que abrir uma das janelas para, finalmente, tentar enxergar o pai, que já ia longe. E conseguiu. – MEU PAI! Ele parou, tirou o chapéu (não se saia de casa sem) e olhou para trás. O bonde fez a curva da Ribeira. – MINHA MÃE MANDOU DIZER PRA VOCÊ NÃO SE ESQUECER DE TRAZER O PÃO! Ouviu ao longe: - HEIN? Inteligente, ela percebeu que deveria emitir uma mensagem mais curta e direta. De novo: - NÃO SE ESQUEÇA DE COMPRAR PÃO! E novamente: - HEIN? A mensagem, dessa vez deveria ser telegráfica: – PÊ, A, Ó, TIL... O bonde passou por ele e Tia Magaly ouviu o resultado da soma das parcelas que emitira, alto e bom som: - MEEERDAAA!

CAPA

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