IOZINHO - "Minha Mulher É Que Tem Pinto"

Agora lembrei de outro "causo" muito interessante, muito contado na família. Já moravam em São Paulo, anos  50. Existia aqui uma loja atacadista chamada Casa das Pechinchas. Ficava ali na Ladeira Porto Geral, perto da 25 de Março, em um andar superior de um velho casarão. Vendia miudezas, ou seja, brinquedinhos, canetas, chaveiros, etc. Era o paraiso dos camelôs, que se abasteciam ali, inclusive um famoso ex-camelô dono de TV. Iozinho queria fazer uma compra mais ou menos grande, que seria o estoque inicial para um de seus filhos, Carlito, que resolvera tentar a vida em São Paulo, no comércio informal. Como seria uma compra para pagar depois, teve que fazer uma ficha nessa loja. Levou minha avó, que começou a dar as informações cadastrais: Laura Pinto Costa, endereço, etc., etc. Terminada a parte dela, minha avó o chamou pelo nome. Iozinho se aproximou do balcão e o dono da loja foi logo dizendo: Sr. Raymundo Pinto Costa... Ele ergueu a mão espalmada, num sinal claro de que era para o homem parar, e disse: “NÃO, MEU NOME É RAYMUNDO DA SILVA COSTA. O PINTO É DE MINHA MULHER”.